Atualmente, os principais polos produtores de peixes em tanques estão concentrados nas regiões do Mato Grande (sobretudo nos municípios de Touros e Ceará-Mirim), Oeste (em Apodi, Campo Grande e Assú) e Seridó (principalmente em Caicó, São Fernando e São José do Seridó). Cerca de 80% da produção potiguar fica no mercado local. O restante é destinado aos estados do Ceará e Piauí.
A criação de peixes em tanques de redes e tanques escavados entra na programação técnica do espaço. Serão ofertadas três palestras envolvendo esse tema. A partir das 10h, está prevista a palestra ‘Implantação de Empreendimentos de Produção de tilápia em Tanque Escavado’. A capacitação é voltada para investidores que pretendem montar um empreendimento nesse segmento.
O palestrante José Edgar Gomes Júnior, que é engenheiro agrônomo especializado em piscicultura e carcinicultura sustentável e cultivo de organismos aquáticos, repassará orientações sobre a local para instalação, o tipo de solo adequado, a capacidade de investimento. “Desde que se tenha vocação, área adequada e uso de tecnologia, vale a pena investir na piscicultura. Em seis anos, é possível obter o retorno do capital investido, operando com uma margem de lucro de 20%”, diz o especialista, que também explicará o que necessário para operacionalizar o negócio.
Operacionalização
Em média, um hectare requer um investimento médio entre R$ 50 mil e R$ 70 mil. Mas antes de aplicar os recursos no projeto, é preciso buscar o mercado que vai consumir produção, planejar antes de executar e se munir de informações técnicas. Esse é o conselho do especialista.
Segundo ele, um dos erros mais comuns na atividade é iniciar com uma alta densidade de peixes. A tilápia, por exemplo, aumenta cerca de 700 vezes desde o primeiro dia em que é colocada no tanque até o período de despesca. A proporção adequada é cultivar 20 mil alevinos por hectare, o que dará uma média de dois peixes por metro quadrado. Mais que isso pode comprometer o desenvolvimento do pescado. “Essa é a proporção ideal para se trabalhar com sustentabilidade. O peixe consegue se desenvolver com consumo de ração equilibrado. Após 180 dias, obtém-se uma produção média de 11 toneladas de peixe”, garante Edgar Gomes Júnior.
A palestra que o especialista proferirá à tarde (das 14h às 16h) é voltada para quem opera de fato o negócio, pois o agrônomo repassará informações sobre o abastecimento adequado dos viveiros, a aquisição e estocagem de alevinos, controle de biomassa, troca de água e ajustes de ração. Nessa atividade, a ração representa 60% dos custos de operacionalização.
Além das capacitações, o Espaço Empreendedor do Sebrae no Rio Grande do Norte reúne informações sobre as oportunidades e ideias de negócios para serem implementadas no campo. Com base no tema ‘Negócios que Brotam no Campo’, o local apresenta vocações, potencialidades, inovações e tecnologias no campo, além de bons animais de várias espécies (bovinos, caprinos, ovinos, equideos e bubalinos), máquinas e equipamentos. Em oito dias de evento, está sendo esperado um público visitante estimado em 10 mil pessoas, que encontrarão no local.
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