terça-feira, 17 de setembro de 2013

Trabalho de Paulo Wagner e Betinho Rosado custou quase meio milhão à Câmara

Na teoria, a cota indenizatória ou verba de apoio à atividade parlamentar serve ressarcir os gastos que os deputados federais têm para exercer o trabalho deles na Câmara Federal, em Brasília. Consequentemente, é possível dizer que a dupla de parlamentares da bancada potiguar na Casa Legislativa que custou mais caro após os oito meses de 2013 foi Paulo Wagner, do PV, e Betinho Rosado, do DEM.

Segundo levantamento exclusivo feito pelo portalnoar.com, baseado em informações da Câmara Federal, Paulo Wagner gastou até agosto, exatamente, R$ 236.603,91. No mesmo período, Betinho Rosado chegou à marca de R$ 235.654,85. Para se ter uma ideia dos custos dos trabalhos dos dois parlamentares, Henrique Eduardo Alves (PMDB), atual presidente da Câmara dos Deputados, gastou três vezes menos que eles no mesmo período: R$ 76.170,12.

No caso de Paulo Wagner, o fato dele ser o maior “gastador” da cota indenizatória não chega a ser uma “novidade”. Desde o início do ano que ele “lidera” o ranking de utilização da cota indenizatória, tendo uma média consideravelmente alta de utilização da cota em diferentes quesitos da verba de ressarcimento. Até com alimentação, Paulo Wagner gastou. E muito. Foram quase R$ 7,8 mil com isso nos oito primeiros meses (quase mil reais por mês), resultado da comida “refinada” consumida pelo parlamentar, em restaurantes como o Sal e Brasa e o Cassol, bastante populares no RN.

Porém, é bem verdade que não foi só com comida que Paulo Wagner gastou. O deputado federal do PV também desembolsou (por meio dos gastos públicos) com publicidade. Foram R$ 95 mil para esse fim, uma média de quase R$ 12 mil por mês. O resultado de tanto gasto foi que o deputado teve, por mês, basicamente, um segundo salário pago por meio da cota de ressarcimento. Afinal, além dos mais de R$ 27 mil que recebeu todos os meses de subsídio da Câmara, custou para os cofres públicos, também, R$ 29.575 por meio da verba de apoio a atividade parlamentar.

Betinho Rosado foi a “surpresa” do levantamento em agosto, quando chegou a segunda posição e, por pouco, não passou de Paulo Wagner. Contudo, diferente do pevista, que teve uma média elevada, de mais de R$ 30 mil, o democrata viveu de baixos e altíssimos gastos. Teve mês, como o de fevereiro, que chegou a gastar R$ 58 mil de verba de apoio. Em maio e julho, mais de R$ 45 mil em cada um. Em junho, apenas R$ 17,5 mil. Agosto? Só R$ 9,4 (nem todos os gastos foram computados até o momento).

Analisando os gastos dos meses mais elevados, encontra-se a “preocupação” de Betinho Rosado com consultorias, pesquisas e trabalhos técnicos. Em fevereiro, por exemplo, pagou (com recursos públicos e sem licitação ou coisas do tipo), R$ 45 mil a Covale Construtora e Comércio do Vale LTDA. Em maio, desembolsou (também por meio da verba de ressarcimento), mais R$ 24,5 mil. Somando com outras despesas com Consultoria, Betinho gastou um total de R$ 97,5 mil com esse tipo de despesa.

Sandra Rosado, do PSB, foi a quarta maior gastadora da cota indenizatória, chegando a um total de R$ 203 mil, mais de R$ 30 mil a menos que Paulo Wagner e Betinho Rosado. Só com Consultorias, a parlamentar mossoroense chegou a soma dos R$ 73,5 mil. João Maia (R$ 193,2 mil); Felipe Maia (R$ 169,1 mil); Fátima Bezerra (R$ 137,3 mil) e Henrique Alves (R$ 76 mil) completaram o ranking de gastos com a cota indenizatória. O total gasto pela bancada potiguar na Câmara foi de 1.459.180,99.

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