segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Júlio Protásio: “Vou lutar por minha absolvição em qualquer Tribunal”

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Condenado pelo Tribunal de Justiça do RN por corrupção passiva no processo da Operação Impacto, o vereador Júlio Protásio (PSB),…


Condenado pelo Tribunal de Justiça do RN por corrupção passiva no processo da Operação Impacto, o vereador Júlio Protásio (PSB), líder do prefeito na Câmara Municipal de Natal, garantiu que vai recorrer da decisão que o torna inelegível por oito anos e, em tese, impossibilitado de disputar a reeleição em 2016. Além dele, os desembargadores também condenaram os vereadores Adão Eridan e Aquino Neto e os ex-parlamentares Dickson Nasser, Edivan Martins e Adenúbio Melo.
Segundo Júlio Protásio, em todas as discussões sobre o Plano Diretor de Natal, que resultaram na Operação Impacto, votou consciente e baseado em justificativas. “Em todos os casos, votei consciente, sem negociar meu voto por qualquer vantagem. É com essa convicção que vou lutar por minha absolvição em qualquer Tribunal, pois o direito de recursos é uma garantia histórica e constitucional de reparar injustiças em decisões judiciais”, afirmou o parlamentar do PSB, por meio de carta aberta divulgada na manhã de hoje.
“Votei contra a construção dos grandes prédios (espigões) em áreas próximas ao Morro do Careca; votei contra o segmento da Construção Civil no Conjunto Ponta Negra, por meio de uma Emenda, reduzindo de dezesseis para quatro andares a altura dos prédios, permitindo que o vento circulasse livremente pelas ruas do conjunto; votei, mais uma vez, contra o setor da Construção Civil na Via Costeira, limitando a construção de hotéis, do meio fio para baixo, o que contribui para que os moradores, turistas e visitantes possam contemplar livremente a beleza de nossa orla; votei a favor dos moradores de Mãe Luiza, que – associados ao Padre Sabino – não desejavam a edificação de prédios no bairro”, relembrou Protásio.
“E votei, na Zona Norte, pelo conciliação entre os interesses da Construção Civil e do município de Natal, já que a proposta dos empresários do setor era o adensamento de 4.5, e o Ministério Público queria o adensamento básico de 1.2, ou seja, não se podia construir. Neste caso, votei numa Emenda que permitia o adensamento de 2.5, um referencial intermediário entre o que queria o Ministério Público e a Construção Civil, com a ressalva de que o saneamento básico deveria ser individual, uma Estação de Tratamento de Esgoto Individual”, acrescentou.
Júlio Protásio também acrescentou que “há doze anos como parlamentar, continuo um cidadão de classe média, que mora num apartamento no edifício Pôr do Sol, financiado 85% pela Caixa Econômica Federal; não tenho outros bens imóveis, além de meu carro e uma kombi (veículo de som)” e pediu: “Revolvam minha vida. Exponham minha memória. Consultem minhas contas. Façam e refaçam os cálculos. E chegarão à mesma conclusão inevitável: a política não me deu patrimônio”.
“Por estar convicto de minha inocência, vou recorrer da condenação ao STJ, pois, embora tenha havido um avanço no Tribunal de Justiça, enquanto eu tiver garantido o direito de provar minha inocência, lutarei com todas as minhas forças. Quero sair da política, pela porta da frente, de cabeça erguida, como entrei, unicamente, por vocação ideológica”, acrescentou Protásio.
“Devo isso à minha família, que me conhece, me apoia e sabe da minha inocência. Devo isso aos amigos e ao povo de Natal, que jamais me faltaram com o entusiasmo, o carinho e os votos que me permitem permanecer na vida pública. Confio em Deus, a quem nunca deixei de entregar meu destino. Confio na justiça divina e vou buscar, com serenidade, mas decididamente, a justiça dos homens”, finalizou o vereador.

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