O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que, se depender do governo, a reforma tributária pode ser votada ainda no primeiro semestre deste ano.
Para o ministro, o melhor caminho seria chegar em um texto de consenso entre Propostas de Emendas Constitucionais (PECs) que já tramitam no Congresso, a PEC 45 e a PEC 110, ambas de 2019.
Segundo Haddad, a decisão de manter a desoneração do IPI, anunciada mais cedo pelo vice-presidente, Geraldo Alckmin, em encontro com empresários, seria uma sinalização à indústria de que o governo pretende aprovar a reforma.
A reforma das reformas é a tributária”, disse o ministro da Fazenda. Questionado se não estaria repetindo o discurso do ex-ministro da Economia de Jair Bolsonaro, Paulo Guedes, Haddad avaliou que o governo anterior “apostou na reforma errada”, a do CPMF, e por isso não teve sucesso na agenda.
“Nossa reforma tributária é a que foi capitaneada agora por um nome que é um secretario meu, Bernard Appy, com um grupo grande em torno dele, discutiram mais de seis anos essa reforma, sensibilizaram os parlamentares”.
O ministro disse ainda que, caso se mantenha a agenda econômica proposta até o momento, com apresentação de um novo arcabouço fiscal, reforma tributária e ampliação do acesso a crédito, o Brasil poderá se descolar das projeções sobre recessão global em 2023.
Haddad está em Davos, na Suíça, onde participará do Fórum Econômico Mundial, acompanhado pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
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