segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

A falência do Estado e a dádiva ao criminoso


rebeliao_1_25814 O Datafolha informou, há três meses, que 57% dos brasileiros concordam com a máxima segundo a qual “bandido bom é bandido morto.” Quer dizer: as facções criminosas não estão senão satisfazendo a vontade da maioria. 

 Produzem novos carandirus sem a participação da Polícia Militar. É como se as facções unissem o útil ao agradável. 

Defendem seus territórios e seus negócios. Simultaneamente, atendem à demanda social por sangue.

Nesse contexto, só os chatos, com seu humanismo arcaico, ainda pedem providências e punições. 

Só os ingênuos, com seu horror postiço, ousam manter o ponto de exclamação entre seus hábitos. Atentas ao sonho da sociedade brasileira de avançar rumo à Idade Média, as facções criminosas já não querem só comida. 

A bandidagem também quer diversão e arte. 

A falência do Estado dá ao criminoso condições para oferecer ao país seu vernissage semanal de cadáveres sem cabeça.

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