Produzem novos carandirus sem a participação da Polícia Militar. É como se as facções unissem o útil ao agradável.
Defendem seus territórios e seus negócios. Simultaneamente, atendem à demanda social por sangue.
Nesse contexto, só os chatos, com seu humanismo arcaico, ainda pedem providências e punições.
Só os ingênuos, com seu horror postiço, ousam manter o ponto de exclamação entre seus hábitos. Atentas ao sonho da sociedade brasileira de avançar rumo à Idade Média, as facções criminosas já não querem só comida.
A bandidagem também quer diversão e arte.
A falência do Estado dá ao criminoso condições para oferecer ao país seu vernissage semanal de cadáveres sem cabeça.
Nenhum comentário:
Postar um comentário