sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Casas de farinha do RN superam crise e voltam a funcionar

Depois de amargar meses de retração devido ao período de estiagem, a cadeia produtiva da mandiocultura do Rio Grande do Norte começa a dar sinais de recuperação. Unidades que haviam fechado as portas por falta de matéria-prima para produção de farinha e fécula estão reabrindo. Um exemplo dessa retomada é a Agroindústria Farinha dos Anjos, que é considerada fábrica modelo de modernização das casas de farinha no país. A unidade voltou a funcionar na semana passada, depois de sete meses sem operar.
Das mais de 150 casas de farinha existentes no estado, apenas 43 estão em funcionamento nas regiões do Seridó e Agreste Potiguar. As demais tiveram que parar em função da alta no preço da raiz da mandioca, que passou a ser utilizada tanto na indústria quanto para alimentação dos rebanhos. A baixa produtividade das plantações e a procura fizeram o preço do insumo disparar. Cada tonelada da raiz estava sendo comercializada ao preço de R$ 1 mil, o que inviabilizou a operação das fábricas. A produção anual estimada em cerca de 264 mil toneladas obtidas no estado sofreu um grande declínio em 2012 e no início do ano devido à seca , desabastecendo o setor.

“As unidades estão retomando as atividades devido ao aumento da oferta de mandioca. A tendência é que tudo volte a normalizar até junho do próximo ano”, estima o gestor do projeto setorial da Mandiocultura do Sebrae no Rio Grande do Norte, Fernando José de Medeiros. Segundo o executivo, das empresas que estão de portas abertas, 22 já passaram pelo processo de inovação e mecanização, que retira o aspecto artesanal de uma das atividades mais tradicionais na região nordestina.

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