Uma seita que arrebanha integrantes na capital paulista para
trabalhar sem salário em fazendas e indústrias no interior de Minas
Gerais já reúne cerca de seis mil pessoas. Para ser aceito no “mundo
paralelo” do grupo Jesus A Verdade que Marca, é preciso, segundo a
polícia e ex-integrantes, doar casa, carro e os demais bens para os
líderes e obedecê-los cegamente. As regras incluem a proibição do marido
dormir com a mulher, o confinamento em fazendas e alojamentos e o veto a
TV e internet.
Durante a Operação Canaã, deflagrada pela Polícia Federal na
terça-feira, dois líderes da seita – cujos nomes não foram revelados –
acabaram presos por apropriação indébita ao serem flagrados com cartões
do Bolsa-Família de integrantes do grupo. Para a PF, o discurso
religioso é um atrativo para cooptar mão de obra escrava. “É um grupo
extremamente fechado, que busca pessoas em situação vulnerável e as
mantém nas propriedades com uma alta carga de doutrinação”, diz o
delegado João Carlos Girotto.
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