O teor do discurso do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em que sobe o tom da crítica que já vinha fazendo ao governo peemedebista, pegou de surpresa os tucanos na última quinta-feira e inflamou a insatisfação da ala mais jovem, os chamados “cabeças-pretas”.
O grupo, liderado pelo deputado Daniel Coelho (PE), tem feito estremecer a base de sustentação do governo Temer.
Com 14 integrantes de um total de 46 na Câmara dos Deputados, os “cabeças-pretas” podem abalar os esforços do presidente Michel Temer, em que o peemedebista trabalha pela aprovação da reforma previdenciária e pelo arquivamento da denúncia do procurador-geral Rodrigo Janot.
Além disso, o grupo também conta com a simpatia do presidente interino do partido, Tasso Jereissati (CE), e do senador Ricardo Ferraço (ES), atual relator da reforma trabalhista no Senado, que foram votos vencidos na reunião executiva na qual se discutiu a permanência da legenda no governo.
Agora, ao que tudo indica, também está do lado deles uma das principais lideranças do PSDB. “FHC é a cabeça mais preta do partido.
O que ele diz dá a real dimensão política que o país está passando.
As crises não vão se resolver internamente, é preciso ouvir a sociedade, e ele está ouvindo”, enfatizou Pedro Cunha Lima (PSDB-PB), primeiro vice-líder do partido na Câmara dos Deputados.
Correio Braziliense
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